terça-feira, 4 de outubro de 2011



Em meio a uma forte tempestade, surge um raio de sol! Será que este raio é temporário ou permanecerá por um longo tempo?
Essa tempestade que insiste em permanecer em cima da minha cabeça me aflige, sinto me angustiada sem ter para onde gritar, mas até quando? Quantos anos se passaram nestes dias?
Você sabe me explicar? Pode me dizer algo?
Sei que você acha isso uma loucura, que são devaneios, mas está acontecendo comigo e não acho um caminho, uma saída.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Dia mundial da ajuda humanitária





Hoje se comemora o dia mundial da ajuda humanitária. Mas o porquê desta data? Em 2003 um grupo de pessoas morreram, ao levar socorro em áreas de conflito, em um atentado à sede da ONU em Bagdá. Dentre as vítimas estava o brasileiro Sérgio Vieira de Mello que na época era Alto Comissário da ONU para os Refugiados.
A criação da primeira organização de ajuda humanitária ocorreu em Genebra, há 148 anos, quando o visionário suíço, Henri Durant, reuniu alguns amigos para ajudar os feridos em guerras e conflitos, que ganhou o nome de Cruz Vermelha.
Antes de sua criação, somente instituições religiosas prestavam serviços no local. O trabalho da Cruz Vermelha foi essencial nas duas guerras mundiais e nos últimos anos diversas ONGs surgiram com o mesmo objetivo.
O objetivo de ajudar ao próximo nem sempre é possível, pois alguns samaritanos morrem, são vítimas de sequestro, ou por algum motivo são impedidos de auxiliar. Vendo a dificuldade enfrentada pelos auxiliadores, a ONU criou o departamento de Questões Humanitárias, que coordena ações em grandes catástrofes.
Vamos nos tornar mais HUMANOS e ajudar as pessoas que realmente precisam, só assim poderemos ter um mundo melhor!






quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O rímel milagroso



Parece um pouco de futilidade, mas eu como uma boa mulher, não poderia deixar de falar de algo essencial para o universo feminino – o rímel- e tenho absoluta certeza de que 99% das mulheres não saem de casa sem ele.
Testei o rímel Colossal Volum Express da Maybelline e confesso que tive um pouco de medo de errar na escolha, mas acabei me surpreendendo! Realmente é maravilhoso, os cílios ficam longos, com volume e o melhor, não fica melecado e tem alta durabilidade.
Ele não é mais um lançamento da marca, mas vale a pena conferir os seus resultados a um preço super acessível e sair por ai com cílios impecáveis.

Fernando Pessoa - O que há em mim sobretudo é cansaço



O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser…

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto…
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço…

terça-feira, 24 de maio de 2011

Música Oração. A Banda mais bonita da cidade


Gente, essa música tem rolado no Facebook nas últimas semanas e me chamou a atenção e gostaria de compartilhar por aqui.
Afinal, não é sempre que nos deparamos com boas composições e vale a pena ser compartilhada.
É muito boa e dá vontade de ficar o dia todo ouvindo e o melhor de participar do clipe. O mais fantástico é que se fala de amor, coisa rara nos últimos tempos.

terça-feira, 19 de abril de 2011



Hoje eu baixei mais uma do especialista em traduzir a arte em forma de música, Fernando Anitelli. As Claves da Gaveta é o seu novo projeto e tem músicas excelentes, para você deixar rolar o dia inteiro sem ao menos pensar em enjoar.

Maravilhoso, vale a pena conferir!!!

domingo, 17 de abril de 2011

Relato da Monja Coen sobre o Japão





Quando voltei ao Brasil, depois de residir doze anos no Japão, me incumbi da difícil missão de transmitir o que mais me impressionou do povo Japonês: kokoro.

Kokoro ou Shin significa coração-mente-essência.

Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar à serviço e disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?

Outra palavra é gaman: aguentar, suportar. Educação para ser capaz de suportar dificuldades e superá-las.

Assim, os eventos de 11 de março, no Nordeste japonês, surpreenderam o mundo de duas maneiras. A primeira pela violência do tsunami e dos vários terremotos, bem como dos perigos de radiação das usinas nucleares de Fukushima. A segunda pela disciplina, ordem, dignidade, paciência, honra e respeito de todas as vítimas. Filas de pessoas passando baldes cheios e vazios, de uma piscina para os banheiros.



Nos abrigos, a surpresa das repórteres norte americanas: ninguém queria tirar vantagem sobre ninguém. Compartilhavam cobertas, alimentos, dores, saudades, preocupações, massagens. Cada qual se mantinha em sua área. As crianças não faziam algazarra, não corriam e gritavam, mas se mantinham no espaço que a família havia reservado.

Não furaram as filas para assistência médica – quantas pessoas necessitando de remédios perdidos – mas esperaram sua vez também para receber água, usar o telefone, receber atenção médica, alimentos, roupas e escalda pés singelos, com pouquíssima água.

Compartilharam também do resfriado, da falta de água para higiene pessoal e coletiva, da fome, da tristeza, da dor, das perdas de verduras, leite, da morte.

Nos supermercados lotados e esvaziados de alimentos, não houve saques. Houve a resignação da tragédia e o agradecimento pelo pouco que recebiam. Ensinamento de Buda, hoje enraizado na cultura e chamado de kansha no kokoro: coração de gratidão.

Sumimasen é outra palavra chave. Desculpe, sinto muito, com licença. Por vezes me parecia que as pessoas pediam desculpas por viver. Desculpe causar preocupação, desculpe incomodar, desculpe precisar falar com você, ou tocar à sua porta. Desculpe pela minha dor, pelo minhas lágrimas, pela minha passagem, pela preocupação que estamos causando ao mundo. Sumimasem.

Quando temos humildade e respeito pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades. Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidadas e respeitadas.

O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei. Cada um de nós, cada uma de nós é o todo manifesto.

Acompanhando as transmissões na TV e na Internet pude pressentir a atenção e cuidado com quem estaria assistindo: mostrar a realidade, sem ofender, sem estarrecer, sem causar pânico. As vítimas encontradas, vivas ou mortas eram gentilmente cobertas pelos grupos de resgate e delicadamente transportadas – quer para as tendas do exército, que serviam de hospital, quer para as ambulâncias, helicópteros, barcos, que os levariam a hospitais.

Análise da situação por especialistas, informações incessantes a toda população pelos oficiais do governo e a noção bem estabelecida de que “somos um só povo e um só país”.

Telefonei várias vezes aos templos por onde passei e recebi telefonemas. Diziam-me do exagero das notícias internacionais, da confiança nas soluções que seriam encontradas e todos me pediram que não cancelasse nossa viagem em Julho próximo.

Aprendemos com essa tragédia o que Buda ensinou há dois mil e quinhentos anos: a vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.

Reafirmando a Lei da Causalidade podemos perceber como tudo está interligado e que nós humanos não somos e jamais seremos capazes de salvar a Terra. O planeta tem seu próprio movimento e vida. Estamos na superfície, na casquinha mais fina. Os movimentos das placas tectônicas não tem a ver com sentimentos humanos, com divindades, vinganças ou castigos. O que podemos fazer é cuidar da pequena camada produtiva, da água, do solo e do ar que respiramos. E isso já é uma tarefa e tanto.

Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranquilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.

Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam os eventos que se seguiram a 11 de março.

Minhas preces, meus respeitos, minha ternura e minha imensa tristeza em testemunhar tanto sofrimento e tanta dor de um povo que aprendi a amar e respeitar.

Havia pessoas suas conhecidas na tragédia?, me perguntaram. E só posso dizer : todas. Todas eram e são pessoas de meu conhecimento. Com elas aprendi a orar, a ter fé, paciência, persistência. Aprendi a respeitar meus ancestrais e a linhagem de Budas.

Mãos em prece (gassho)

Monja Coen



Quem sou eu

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Grão de areia levado pelo vento. Olhar curioso que não quer parar. Inquietude. Aquela que ama histórias. De faz de conta. De realidades que chocam. A que tem paixão pelas coisas simples. A que busca sentido. Que quer se encontrar nas palavras e nas sensações que elas geram.
 

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